Faz alguns meses, uma amiga minha chamada Sílvia Mascella Rosa (Jornalista, Sommelier, moderadora de congressos de Enoturismo), me trouxe uma missão. Harmonizar nesta coluna o álbum Off The Wall do Michael Jackson. Ontem foi aniversário da Sílvia. E, em homenagem a essa amiga, segue a sugestão de um Jantar Harmonizado ao som do Rei do Pop.
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Poucos artistas são tão completos quanto Michael Jackson.
Ele está no Guiness World Records como “O maior artista de todos os tempos”. Seu álbum Thriller é o mundialmente mais vendido de todos os tempos. Ganhou 15 Grammys, emplacou 41 canções no topo das paradas e suas vendas, segundo a gravadora Sony já superam 1 bilhão de discos. A Wikipedia o descreve como “…famoso cantor, compositor, dançarino, ator, multiinstrumentista, produtor, empresário, filantropo e humanitário norte-americano.”
E poucos tão controversos.
Sua aparência mudou drásticamente em 40 anos de carreira, através de cirurgias plásticas (duas confirmadas pelo artista) e aos tratamentos para vitiligo e lúpus. Viveu 17 anos sozinho em um rancho na Califórnia chamado Neverland (Terra do Nunca), uma referência à história de Peter Pan. Foi denunciado e processado por abuso sexual em 1993 – que terminou com um acordo judicial três anos depois. Casou-se duas vezes. A primeira em 1994 com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley. A segunda durante o HIStory World Tour (1996-1997) com Deborah Jeanne Rowe. Teve três filhos.
OFF THE WALL
Hoje vamos falar do artista antes das controvérsias. O álbum foi lançado em 1979, quando o cantor estava prestes a completar 21 anos. Produzido por Quincy Jones, é considerado o primeiro álbum solo adulto de Michael. Também marca sua estréia como compositor, nas faixas “Don’t Stop ‘til You Get Enough” (lançada como compacto em 79, foi o primeiro Grammy de MJ), “Workin’ Day and Night” e “Get on the Floor”, composta com Louis Johnson. O álbum também tem composições de Rod Temperton - "Off The Wall", "Rock With You" e "Burn This Disco Out", Stevie Wonder - "I Can't Help It" e do Beatle Paul McCartney - “Girlfriend”.
Definitivamente é um álbum de black music, com diversas sub-influências. Michael passa por baladas, discothèque, R&B, funk, jazz, soul, rock e pop. Tudo isso muito bem equilibrado, com letras que falam sobre a vida jovem da época, criando uma base musical para sua carreira (e consagração como Rei do Pop) na década de 80.
MJ criou também um personagem provocativo, muitas vezes denotando um ar de inocência ou introspecção que, em contraste com a sensualidade da dança, causavam furor nas fans. Essa dualidade irreverente também se mostra no figurino, o smoking com as meias brancas, que foi capa do álbum.
HARMONIZAÇÃO
Agora a parte complicada. Porque Michael Jackson sempre me remete aos anos 80 e a pratos que saíram de moda. Existe comida cafona?
Entrada: Palitinhos Stiksy, da Elma Chips. Lembrando o lema “é impossível comer um só”, fica fácil de associar com a letra de “Don’t Stop ‘till You Get Enough”. Antigamente, realizavam-se concursos de quem terminava o palitinho mais rápido, inspirados no comercial dos anos 80. Para harmonizar, Salton Lunae Branco, um vinho frisante, leve e adocicado, lembrando-nos dos coolers de vinho tão populares àquela época.
Primeiro Prato: Torta Fria (com pão de forma e maionese) e Canudos com maionese. Quer coisa mais vintage que isso? Pratos simples e muitíssimo frequentes nas festas da turma. Harmonizam bem com o Salton Volpi Sauvignon Blanc.
Prato Principal: Qualquer comida da mamãe ou da vovó. Macarrão parafuso (fusili) com molho de tomate. Panquecas recheadas com carne moída e molho vermelho, acompanhadas de arroz à grega. Lombo suíno feito na panela de pressão com molho de vinho tinto. Pratos do tempo em que domingo era o dia de ir à igreja pela manhã e almoçar em casa com a família, e passar a tarde em partidas eternas de jogos de tabuleiro (WAR, Jogo da Vida, Banco Imobiliário, Detetive) e vendo as pegadinhas do Faustão.
Para harmonizar com esses pratos, vinhos tintos simples. pode ser um Salton Classic Tannat ou o Salton Volpi Pinot Noir.
Sobremesa: Manjar Branco. Ambrosia. Olho-de-sogra. Quindim. E o imprescindível pudim de leite condensado (que a gente insistia em chamar de ‘leite começado’).
Para harmonizar, Salton Moscatel. Pra ficar mais retrô, só colocando um pouquinho de xarope de groselha no fundo da taça e completando com espumante Salton Brut.
Depois, é só colocar a fita K7 de Off The Wall no Walkman, vestir seus jeans e camisa USTOP, colocar um Kichute nos pés, chupar uma pastilha Valda ou uma bala Soft e “Burn This Disco Out”.
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“Ele não morreu… Ele só foi ensinar a Deus como ser um popstar.”
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Feliz aniversário Sílvia.
E é deles o álbum na nossa coluna vitrola hoje: o Trans-Continental Hustle, lançado este ano. Inspirado nos anos que Eugene Hütz, líder da banda viveu no Brasil, traz o tradicional Gypsy Punk com algumas levadas brasileiras e alguns refrões com frases palavras em português (como “cachaça clandestina” na canção ‘In the Meantime in Pernambuco’). O álbum foi produzido por Rick Rubin, um dos mais importantes produtores musicais do gênero hard rock e heavy metal, com grupos como: Danzig, Slayer, Linkin Park, Red Hot Chili Peppers, Metallica, Slipknot, System of a Down, e Rage Against the Machine.
Segundo Prato: Filé em crosta de origone ao brandy
Minha última experiência no Marco’s, foi no mais novo restaurante do grupo: o Marco’s Bistrô, em Gramado. O restaurante é agradável, bem iluminado e está localizado em uma das áreas mais bonitas da cidade, junto ao condomínio O Bosque, longe do burburinho do centro. Entre grandes árvores e em um ambiente com muito ar puro, é ideal para um tranquilo almoço de domingo.
